infracea-obra-aeroporto-congonhas-sp-caixas-passagem.png

INFRACEA realiza obra no Aeroporto de Congonhas SP

No dia 07 de julho de 2021 a equipe da INFRACEA iniciou uma obra no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Contratada pela CRCEA-SE (Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste), antes chamada SRPV-SP (Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo), por meio de um processo licitatório eletrônico. A necessidade da obra se deu pela identificação de não conformidades pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em relação às caixas de passagem, tidas como obstáculos que poderiam representar riscos para as aeronaves. Após informar a Infraero, empresa que administra o Aeroporto de Congonhas, esta informou a CRCEA-SE, responsável pela instalação das caixas de passagem originais, que então deu início ao processo licitatório.

A obra em Congonhas contou com cerca de cinco engenheiros e analistas trabalhando no projeto, e um total de 30 a 40 colaboradores, levando em conta as áreas Administrativa, Compras e RH. Já para a execução, envolvendo ajudantes de pedreiro, coordenação, encarregados, técnicos da parte elétrica, operadores de veículo e engenheiros, esse número fica em torno de 20 pessoas. Assim, a INFRACEA prosseguiu e fez a remoção das caixas de passagem, que eram muito antigas e robustas, substituindo-as por outras, mais adequadas e embutidas no nível do solo, que não representam um obstáculo, eliminando a preocupação de que pudessem causar algum dano para as aeronaves que utilizam aquela seção do aeroporto; definindo durante todo o processo, uma série de planos de apoio que garantissem o não comprometimento das atividades do aeroporto, uma vez que, num aeroporto deste porte, qualquer problema grave pode acabar por influenciar na malha aeroviária do país.

infracea-obra-aeroporto-congonhas-sp-caixas-originais.png

Para obras previstas em grandes aeroportos existe um período tão importante quanto o de execução, chamado de pré obra, no qual é realizado um trabalho de preparação, complexo e detalhista, requerido para que tudo ocorra com alta eficiência e segurança, de tal forma que haja pouca interferência com as operações do aeroporto.

Esta parte do processo, iniciada no mês anterior à obra, no dia 02 de junho, envolve, por exemplo, uma série de documentos exigidos pela ANAC, o credenciamento da equipe que trabalhará na obra, os cursos dados aos funcionários, e a logística envolvendo os fornecedores. Tudo o que for definido nesta etapa, deve ser cumprido; todo o material e veículos a serem utilizados precisam estar cadastrados para o momento da obra, além de uma análise do impacto operacional.

Nos caso desta obra em Congonhas, o fator “pré obra” torna-se ainda mais importante, por causa de outras obras que estavam acontecendo, simultâneas a da INFRACEA. Por causa das características desse aeroporto, sitiado em meio a cidade, existe um horário claro de funcionamento que permite que as operações de voos regulares ocorram até às 23h, sendo interrompidas após esse horário entre às 23h e as 6h da manhã seguinte por causa do ruído. Previstas para o Lado Ar, a primeira parte da obra ocorreu por 20 dias nos horários matutino e vespertino, na área da via de serviço, que garante acesso aos hangares e ao pátio, não interferindo com as operações de voo. Mais tarde, a partir do dia 26 de julho, a obra passou a ser realizada durante o período noturno, por ser na da faixa da pista, que impede que existam obras deste porte com a operação em paralela.

infracea-obra-aeroporto-congonhas-sp-finalizada.jpg

Neste caso, uma série de restrições tomam o campo, exigidas por assegurarem um maior nível de segurança. Os elementos definidos no pré obra, assim como a logística estipulada pela Infraero, influem sobre o trabalho a ser realizado. O horário noturno permite a realização de todas as obras que estejam ocorrendo em paralelo, como aquela realizada pela INFRACEA, relativa as caixas de passagem, mas também a instalação de EMAS, por outra empresa, a manutenção de áreas verdes etc. Nesse contexto, e obedecendo a fiscalização de um agente da Infraero, todos os horários devem ser respeitados, o que significa que antes das 5h da manhã, qualquer material ou resquício da obra (FOD), precisa ser recolhido, a fim de não comprometer a abertura do aeroporto, quando a pista deve ser entregue para a torre de controle. Mesmo durante o período noturno, ainda podem acontecer situações específicas, para as quais, a empresa contratada deve estar pronta. Apesar dos voos regulares das companhias aéreas não acontecerem nesse período, os voos aeromédicos ainda utilizam o aeroporto. Quando ocorrem, as empresas são notificadas, devendo se preparar para os movimentos de pouso e decolagem dessas aeronaves.

“O engenheiro, o responsável pela obra, deve sempre se antecipar, estar à frente das possíveis eventualidades. É um preparo importante, pois obras como essa são sensíveis, acabam por influenciar toda a malha aérea”, disse Luciano Vicente, Diretor Técnico da INFRACEA, que comentou sobre os requisitos para realizar um bom serviço num cenário afetado por tantas variáveis.